I. INTRODUCÃO
Fazer missão é levar o evangelho do Senhor Jesus Cristo em sua totalidade para o suprimento e resgate do ser humano em sua totalidade no Brasil e no mundo.
Conforme o propósito e o alvo do Pacto de Lausanne, cuja lema foi: O Evangelho todo para o homem todo – (The Whole Gospel for the Whole Man), diz:
1) A natureza da missão: é a comunicação das boas novas de Deus em Cristo;
2) O propósito da missão: é dar aos indivíduos e povos uma válida oportunidade de ouvir do amor de Deus por eles;
3) O alvo da missão: é introduzir homens e mulheres de todas as raças, povos e etnias na comunidade dos remidos do Senhor.
De acordo com a Confissão de Fé de Westminster, no seu capítulo XXXV, que trata do “Amor de Deus e das Missões, assim prescreve:
I- Em seu amor infinito e perfeito – e tendo provido no pacto da graça, pela mediação e sacrifício do Senhor Jesus Cristo, um caminho de vida e salvação suficiente e adaptado a toda a raça humana decaída como esta – Deus determinou que a todos os homens esta salvação de graça seja anunciada no Evangelho. Ref. Jo.3:16; Tim. 4:10; Mc. 16. 15
II- No Evangelho Deus proclama o seu amor ao mundo, revela clara e plenamente o único caminho da Salvação, assegura vida eterna a todos quantos verdadeiramente se arrependem e crêem em Cristo, e ordena que esta salvação seja anunciada a todos os homens a fim de que conheçam a misericórdia oferecida e, pela ação do Seu Espírito a aceitem como dádiva da graça. Ref. Jo.3:16 e 14:6; At.4:12; I Jo.5: 12; Mc. 16:15; Ef.2:4, 8, 9.
III- As Escrituras nos asseguram que os que ouvem o Evangelho e aceitam imediatamente os seus misericordiosos oferecimentos, gozam os eternos benefícios da salvação; porém, os gue continuam impertinentes e incrédulos agravam a sua falta e são os únicos culpados pela sua perdição. Ref. Jo.5:24 e 3:18.
IV- Visto não haver outro caminho de salvação a não ser o revelado no Evangelho e visto que, conforme o usual método de graça divinamente estabelecido, a fé vem pelo ouvido que atende a Palavra de Deus, Cristo comissionou a sua Igreja para ir por todo o mundo e ensinar a todas as nações. Todos os crentes, portanto, têm por obrigação sustentar as ordenanças religiosas que já estiverem estabelecidas e contribuir, por meio de suas orações e ofertas e por seus esforços, para a dilata~ão do Reino de Cristo por todo o mundo. Ref. Jo. 14:6; At. 4:12; Rom. 10: 1 7; Mt. 28: 19, 20; 1 Cor.4:2; II Cor. 9:6, 7, 10.
A IPB como igreja em missão, através dos seus órgãos criados e aprovados pelo SC/IPB, JMN, PMC, CNE e APMT, cumpre o seu objetivo de fazer missão e cabe a nós rediscutir os objetivos dentro de uma proposta de uma filosofia de missões.
II. PRESSUPOSTOS BÁSICOS:
A filosofia de missão da IPB, envolvendo esses quatro órgãos acima referidos, reafirma os seguintes pressupostos:
1) O evangelho é a mensagem a ser pregada no idioma ou na língua de cada povo e usando os veículos de comunicação adequados ao público alvo, sem alterar o conteúdo do evangelho e nem sofrer detrimento na comunicação;
2) É dever do cristão que professa a fé reformada, pregar o evangelho e viver uma vida coerente com a fé que professa;
3) Os recursos da IPB na área de missão devem priorizar e assegurar, a médio e longo prazos, a continuidade da obra missionária, de modo a garantir a execução dos projetos e dar inicio a novos projetos;
4) Os órgãos da IPB envolvidos em missão devem trabalhar em harmonia, respeitadas suas respectivas vocações missionárias;
5) Envidar todos os esforços para que os trabalhos missionários adquiram sua automanutenção, autogoverno e autopropagação; Desenvolver campanhas permanentes de divulgação do trabalho missionário em todas as igrejas da IPB, conscientizando-as de que elas formam a base eclesial para a realização da missão no mundo, despertando-as para a obra missionária e motivando-as a participar financeiramente da obra;
6) Os Órgãos Missionários terão liberdade de criar programas para a captação de recursos para manter os seus projetos aprovados;
III. A AÇÃO MISSIONÁRIA E AS ÁREAS DE ATUACÃO:
A) APMT
1) Definir o campo de trabalho dentro da visão de Deus para o testemunho da IPB em outros países e os de caráter transcultural quando no Brasil, e não através de um ato subjetivo ou de paixão;
2) Trabalhar em parceria, dentro do possível, com as igrejas reformadas ou presbiterianas já existentes nos países, dando conhecimento a CRIE/IPB;
3) Dar ao missionário, sempre que possível, o status de reconhecimento dos órgãos públicos e corpos diplomáticos;
4) Esforçar-se para garantir o seguro de vida, saúde e seguridade;
5) Recrutar missionários oriundos da Igreja Presbiteriana do Brasil, não enviar missionários que não sejam da Igreja Presbiteriana do Brasil e não estabelecer acordo de sustento de missionário de outra denominação;
6) Estabelecer padrões de sustento missionário, baseados na realidade de cada região;
B) CNE:
1) Motivar e treinar as lideranças das igrejas locais, ensinando métodos e técnicas para evangelização de grupos específicos;
2) Produzir literatura e folhetos e estabelecer condições para uso de meios de comunicação, como rádio, TV, Internet, teatro, etc., para serem utilizados inteligentemente na evangelização. A mensagem não muda, os métodos podem e devem mudar;
3) Apoiar o trabalho de revitalização de congregações e igrejas;
4) Promover congressos missionários de âmbito nacional juntamente com os demais órgãos missionários dando ciência à mesa da CE/SC.
C) JMN:
1) Plantar igrejas em campos pioneiros no Brasil e transferir para os Presbitérios em momento próprio;
2) Dar ao missionário, sempre que possível, o status de reconhecimento dos órgãos públicos;
3) Esforçar-se para garantir o seguro de vida, saúde e seguridade;
4) Recrutar missionários oriundos da Igreja Presbiteriana do Brasil, não enviar missionários que não sejam da Igreja Presbiteriana do Brasil e não estabelecer acordo de sustento de missionário de outra denominação;
5) Estabelecer padrões de sustento missionário, baseados na realidade de cada região.
D) PMC:
1) Estabelecer parcerias para plantação de novas igrejas, no Brasil;
2) Estabelecer as condições para parcerias, a fim de atender a realidade de cada região.
IV. FUNDO MISSIONÁRIO E COMITÊ GESTOR:
1) O fundo missionário será composto, no quadriênio, 2003 – 2006, do repasse da tesouraria da IPB do valor equivalente a 55% dos dízimos arrecadados das Igrejas, acrescidos das ofertas ou doações com fins missionários, não consignados e de outros recursos atribuídos anteriormente ao Fundo Missionário Cooperativo;
2) O fundo missionário terá um comitê gestor próprio, constituído de dois representantes de cada um dos órgãos missionários (APMT, CNE, JMN e PMC) e de dois representantes da Junta Patrimonial Econômica e Financeira. Ao Comitê Gestor caberá administrar os recursos do Fundo Missionário e aprovar os projetos oriundos dos órgãos missionários. O Presidente e o Secretario do Comitê Gestor serão eleitos dentre os seus membros com alternância anual;
3) Aos órgãos missionários caberá a execução dos projetos aprovados;
4) O Comitê Gestor prestará relatório anual à CE-SC/IPB, assim como os órgãos missionários, conforme estatuto e regimentos internos.
V. DISPOSIÇÕES TRANSITORIAS:
1-) Estabelecer até a CE-SC/IPB de 2003 o prazo limite para que os órgãos missionários envolvidos se ajustem a esta filosofia missionária;
2-) Estabelecer que o Comitê Gestor normatize a sua ação;
3-) Determinar que o Fundo Missionário Cooperativo seja incorporado ao Fundo Missionário respeitando os compromissos já assumidos;
4-) Determinar que a Tesouraria do SC/IPB, não se utilize dos recursos pertencentes ao Fundo.
SC-IPB-2002 Doc.LXVIII – Quanto so Doc. 195, Relatório da Comissão nomeada para elaborar a Filosofia de Missão da IPB. O SC/IPB RESOLVE: 1. Tomar conhecimento; 2. Aprovar com as seguintes observações: 1) O ponto III, Letra A, referente à APMT, item 5, passa a ter a seguinte redação: “Recrutar missionários oriundos da IPB, não enviar missionários que não sejam da IPB e não estabelecer acordo de sustento de missionários de outra denominação”. 2) O ponto III, letra C, item 4, passa a ter a seguinte redação: “Recrutar missionários oriundos da IPB, não enviar missionários que não sejam da IPB e não estabelecer acordo de sustento de missionários de outra denominação”. 3) Registrar um voto de apreciação pelo trabalho da Comissão no esforço estabelecer uma mais eficiente ação missionária na IPB.
SC-IPB-2002 Doc. LXXVI – Reconsideração de Matéria votada. Quanto ao Doc. LXVIII, Filosofia de Missão da IPB. De acordo com o art.30 do RI-SC/IPB, proponho reconsideração da matéria votada Doc. LXVIII – Filosofia de Missões e apresento como Aditivo ao Doc. LXVIII nos seguintes termos: No item IV alínea 2. Incluir no Comitê Gestor a pessoa do Senhor Tesoureiro do SC/IPB.