George Whitefield - O Príncipe dos Pregadores ao ar Livre
01/11/2021
George Whitefield é conhecido como um dos maiores pregadores de todos os tempos (M. L. Jones), e um dos evangelistas mais poderosos nas mãos de Deus. Nasceu em uma taberna de venda de bebidas alcoólicas.
Ficou órfão quando contava apenas três anos. Para custear seus estudos, fazia faxina numa pensão, lavava roupas e vendia bebidas no bar da família. Deus é sempre assim – usa das coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios (Paulo). Formou-se em Oxford. Foi ordenado ao ministério sagrado. Deixou uma grande marca durante a sua vida, sendo considerado o maior avivalista do século dezoito. Pregava cerca de 10 vezes por semana, em auditórios geralmente com 10 mil pessoas.
Na Escócia, pregou a 100.000 pessoas de uma só vez. Os biógrafos dizem que “ardia nele um zelo santo de ver todas as pessoas libertas da escravidão do pecado”. Ele foi um homem que tinha uma grande sede de Deus, e isso foi experimentado até mesmo antes de sua conversão oficial. Ainda quando criança, lia a Bíblia até altas horas da noite.
Enquanto jovem, sua sede de Deus o tornou consciente de que o Senhor tinha um plano para sua vida e, para preparar-se, jejuava e orava regularmente separando o dia em 3 partes: 8h sozinho com Deus e em estudos; 8h para dormir e fazer as refeições, 8h para o trabalho entre o povo. Seu ministério se deu na Grã-Bretanha, Irlanda e Estados Unidos. Sua pregação era tão vívida que parecia que Deus falava direto dos céus às pessoas. Multidões se entregavam a Cristo no final de cada pregação. Segredo? A efusão do poder do Espírito Santo sobre ele. Ele não tinha o costume de participar de reuniões da liderança eclesiástica; por causa disso geralmente as portas lhe eram fechadas para pregar nas igrejas.
Ele ia para as praças e as multidões o seguiam e o ouviam a céu aberto. Seus biógrafos dizem que nunca pregava sem chorar e chorava com lágrimas sinceras. Ele dizia a seus ouvintes: “Vós me censurais porque choro, mas como posso conter-me, quando não chorais por vós mesmos, apesar das vossas almas mortais estarem à beira da destruição? Não sabeis se estais ouvindo o último sermão, ou não, ou se jamais tereis outra oportunidade de chegar a Cristo!” Dizem que quando acabava de proferir seus sermões, o coração do povo estava derretido pelo calor intenso daquele momento.
Enquanto esteve na universidade, levava grupos de jovens para seu quarto para lhes pregar a Palavra e eram movidos poderosamente pela ação do Espírito Santo. O segredo de seu ministério tão profícuo não estava em sua eloquência. Dizem que apesar de sofrer de problemas pulmonares, quando ele falava ouvia-se em todos os edifícios da proximidade. Também não era a disposição dos corações em receber a Palavra pregada, pois, além da oposição e até perseguição, havia em sua época uma grande decadência espiritual, até mesmo na igreja.
Foi apedrejado, em certa ocasião, enquanto pregava, e em outra ocasião quase foi preso pelas autoridades. “O segredo dos frutos de seu ministério era o seu louco amor para com Deus”, disse um de seus biógrafos. Esse amor fez com que ele consagrasse inteiramente sua vida a Cristo e se ver como um peregrino errante pelo mundo à caça de almas perdidas.
Além do amor ao Senhor Jesus, Whitefield se dedicava horas a fio em oração. Orava intensamente, até Deus visitar seu coração. Ele afirmou em certa ocasião: “Passei dias e semanas inteiros prostrado em terra, suplicando para ser liberto dos meus pensamentos diabólicos que me distraiam. Interesse próprio, rebelião, orgulho e inveja me atormentavam, um após outro, até que resolvi vencê-los ou morrer. Lutei até Deus me conceder vitória sobre eles”.
Suas lutas em oração e rendição ao Senhor lhe fizeram tão poderoso que, como resultado, multidões eram arrastadas para Cristo em busca da salvação. Talvez seja isso o que mais falte em nossos dias e que nos mantêm como missionários e pregadores tão inoperantes na obra de Cristo.
Rev. José João de Paula
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