O trabalho mais difícil do Planeta
23/07/2024
Você sabe o tamanho do desafio das missões globais? Já parou para tentar entender as dificuldades que envolvem realizar esse trabalho? Quando consideramos tudo o que envolve a missão global, percebemos que é o trabalho mais difícil do planeta. Permita-me explicar brevemente cinco desafios que os missionários enfrentam com frequência.
1. O desafio do sacrifício: a missão global envolve, inevitavelmente, sacrifício, tanto para quem envia como para os enviados. Sacrifício humano daqueles que deixam ambiente familiar, amigos, igreja local, estrutura social, para atravessar barreiras geográficas, culturais e linguísticas, a fim de literalmente dar a vida no campo. Sacrifício financeiro, de tempo, de liberdade e muito mais. Temos hoje missionários em campos que nem podemos falar o nome ou divulgar com detalhes o que fazem, em função das restrições ali impostas. A IPB, através da APMT, investe em mais de 300 missionários, alguns deles em campos de alto risco de prisão ou morte. Investe-se anualmente no sustento de obreiros e projetos como centros sociais, orfanatos, asilos, clínicas médicas, escolas, seminários, imóveis, equipamentos e estruturas. Uma parte vem de repasses do Comitê Gestor da IPB e o restante através de ofertas enviadas por igrejas e pessoas. É o trabalho mais difícil da Igreja e demanda toda ordem de sacrifícios.
2. O contexto transcultural: os missionários geralmente são enviados para culturas completamente diferentes das suas e ficam mentalmente exaustos tentando navegar pela vida em um novo contexto, sendo bombardeados com novos sabores, sons e cheiros, ficando vulneráveis, lutando para saber em quem confiar, pois normalmente não têm amizades significativas. Essas questões capturam apenas alguns dos muitos desafios associados a viver em um contexto transcultural. Sentir-se perdido, confuso e inquieto são emoções reais, quando se muda para outra cultura. Estamos hoje em 41 países, plantando dezenas de igrejas em 25 deles. Em outros, revitalizando e apoiando obras locais e ainda alcançando diásporas e povos minoritários em nosso território.
3. Aprendizagem de idiomas: na maioria dos campos, os missionários não conseguem se comunicar ao chegar. Já Imaginou não saber expressar seus pensamentos ou ideias de forma verbal para as pessoas e ter que pregar o evangelho a elas? Além disso, a linguagem é muito mais do que mera expressão verbal, também encapsula ideais e práticas culturais, e aqueles que não têm fluência no idioma perdem detalhes culturais e penam para entender adequadamente a comunicação verbal e não verbal ao seu redor. O aprendizado de idiomas leva tempo e dinheiro e, em alguns casos, mesmo estudando em tempo integral, é necessário dois, três ou mais anos até que seja realmente capaz de comunicar bem no novo idioma. Temos ainda o desafio de traduzir e entregar a Palavra de Deus na língua do povo a ser alcançado, trabalho longo, altamente complexo e dispendioso. Hoje a APMT segue envolvida na tradução da Bíblia e produção de literatura doutrinária para várias línguas.
4. Conflito de cosmovisão: no CFM – Centro de Formação Missiológica, treinamos nossos candidatos para o inevitável choque de visão de mundo, pois sempre que o Evangelho é apresentado em um mercado asiático, ou em um deserto africano, ou em um café europeu, ocorre um choque de visões de mundo. O missionário apresenta a verdade absoluta e atemporal, que inevitavelmente colide com os mitos e crendices da visão de mundo predominante daquelas culturas. Daí a necessidade de pesquisas e treinamentos incansáveis para desenvolver as melhores práticas.
5. Desafios geográficos: lutar para viver e ministrar em contextos com topografia exótica, em desertos, selvas, montanhas e ilhas que por vezes possuem clima hostil e outros obstáculos inerentemente geográficos ao empreendimento missionário. Daí podermos dizer que as missões globais são um dos trabalhos mais difíceis do planeta.
Por todas essas razões, Missões Globais parecem impossíveis do ponto de vista meramente humano, mas possíveis no poder do Espírito Santo. Sabemos que a única esperança está em Cristo e sua obra providencial, e isso precisa ser pregado a todos, indistintamente. A boa notícia é que Deus não opera nem trabalha dentro das limitações humanas. Ele é Soberano, todo-poderoso, onisciente e onipresente, pode transformar e converter vidas em qualquer lugar e condição.
Com base nessa verdade, nosso time da APMT, nossas igrejas locais enviadoras, ou seja, nossa IPB como um todo, segue perseverante, dedicando tempo, recursos materiais e humanos ao trabalho mais difícil do planeta. Junte-se a nós!
Rev. Amauri Oliveira
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