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H. M. e G.

25/04/2024

Ásia, abril 2024

“Só sei que nada sei”

A famosa frase, geralmente atribuída a Sócrates, descreve muito bem o momento em que vivemos.. Já adultos, temos que aprender o que as crianças aqui já sabem. Não sabemos o que comer, pois tudo tem sabor, nome e aspecto diferente. Atravessar as ruas é um desafio que envolve compreender uma coreografia de motos e carros que ignora completamente o que conhecemos como “leis de trânsito”. Sem falar nas vezes em que o táxi nos deixa em lugar diferente do que deveria e não temos condições de argumentar em uma língua que ainda levaremos um bom tempo para aprender. A todo momento o Senhor nos ensina a depender completamente Dele, pois em tudo percebemos nossas grandes limitações até mesmo nas tarefas mais simples.

Em modo de sobrevivência

Começar a vida em uma nova cultura totalmente desconhecida e diferente da nossa nos coloca em “modo de sobrevivência” nas primeiras semanas. Temos que nos ajustar rapidamente para conseguir estabelecer o necessário como moradia, comida e alguma rotina para assegurar estabilidade, principalmente das crianças.

Encontrar uma residência foi uma experiência desafiadora. Quase nenhum corretor falava inglês e a maior parte dos locais não aluga casas para estrangeiros por receio da polícia (os locatários precisam informar a polícia se há algum estrangeiro na vizinhança). Também precisávamos encontrar uma escola para os meninos, pois precisam aprender a língua local. Infelizmente, para o nosso filho mais velho, de sete anos, as escolas exigem o domínio da língua antes de serem matriculados. Depois de muito esforço encontramos uma escola internacional que exigia apenas conhecimento da língua inglesa. Na mesma semana, por providência divina encontramos um apartamento bem perto da escola.

Embora gratos e animados por todas as bênçãos recebidas, vivemos hoje em uma das cidades mais poluídas do mundo. Desde que chegamos, há 3 semanas, ainda não vimos o céu, pois fica permanentemente encoberto por uma camada cinza de poeira e fumaça. Infelizmente isso tem trazido problemas de saúde, principalmente para as crianças aqui em casa. Acredito que seja apenas até nos acostumarmos com a poluiçâo, em contraste com o ar puro africano que respiramos nos últimos anos.

O “efeito Torre de Babel”

Conviver com diferentes línguas não é algo realmente novo para nós. Além da língua portuguesa, nos tornamos falantes da língua inglesa há alguns anos. Em Moçambique, tivemos que nos adaptar ao chichewa e, depois, ao changana. Mas esta é a primeira vez em que vivemos em um lugar onde nenhuma delas é útil no dia-a-dia.

A língua local possui seis tons diferentes. Isto é, além do vocabulário e gramática, também precisamos aprender os diferentes sons que sinalizam os significados das palavras. Por exemplo, “ma” cujos diferentes tons podem significar mãe, fantasma, cavalo ou cova.

Embora a cidade onde vivemos receba um bom número de turistas todos os anos, não há nenhum relacionamento entre eles e os locais, com exceção da prestação de serviços. Já os ocidentais residentes, a grande maioria vive em “bolhas” de expatriados, convivendo apenas com outros estrangeiros.

Para cumprir nosso propósito aqui, precisamos fazer o que a maioria não faz. Conviver o mais próximo possível das pessoas que nos receberam em seu próprio país. Aprender sua língua e cultura é, portanto, parte fundamental de nossa missão. Apenas assim poderemos apresentar as Boas Novas de uma maneira que eles podem compreender em toda sua profundidade.

Assim, para chegarmos lá, nossas atividades diárias envolvem aprendizado sistemático da língua usando dois métodos diferentes, totalizando seis horas diárias, cinco vezes por semana.

ORE COM A GENTE

• MANUTENÇÃO DE BOA SAÚDE
• BOM APROVEITAMENTO NO APRENDIZADO DA LÍNGUA E CULTURA
• INÍCIO DE RELACIONAMENTOS COM A COMUNIDADE

projetoraizes@proton.me

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