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A tarefa missionária da Igreja

15/04/2024

Os textos da “Grande Comissão”, Mateus 28.18-20, Marcos 16.14-15, Lucas 24.46-50, João 20.21 e Atos 1.8 enfatizam o desafio que Jesus deu a sua Igreja de pregar o Evangelho a toda criatura, fazer discípulos de todas as nações, e congregá-los em igreja a fim de que adorem a Deus e sejam testemunhas de Jesus ao mundo, no poder do Espírito Santo. Essa é a tarefa missionária da Igreja, do povo de Deus, é a minha tarefa, é a sua tarefa.

Se pegarmos todos os textos da “Grande Comissão”, perceberemos, primeiro, a fonte de autoridade da tarefa missionária da igreja. Essa fonte de autoridade é Cristo. Em Mateus 28.18-20, Jesus falou “toda autoridade me foi dada no céu como na terra.” Já em João 20.21, ele falou: “Assim como o Pai me enviou eu também vos envio.” A Igreja é enviada na autoridade e no nome de Cristo. Quem nos mandou ir, quem nos deu a tarefa missionária é Cristo, o Senhor, todo poderoso, que morreu e ressuscitou, que reina sobre tudo e sobre todos.

Sabemos de fato que recebemos uma missão não de qualquer pessoa, mas do Senhor Jesus Cristo, aquele que venceu Satanás, o pecado e a morte, recebendo do Pai toda autoridade no céu e na terra. Temos em mente que quem tem autoridade não são os orixás, não são os muitos deuses indianos, não são os pajés, não são os espíritos malignos, não são os feiticeiros africanos, não são os políticos, não são os santos católicos nem mesmo os supostos “apóstolos evangélicos”. Quando estamos baseados na autoridade de Jesus podemos pregar para ateus, macumbeiros, muçulmanos, animistas, espíritas, católicos, pessoas humildes e poderosas, com toda coragem e intrepidez.

Confiados na autoridade de Jesus, os discípulos confrontaram reis, imperadores, desafiaram mágicos, exorcistas e fazedores de ídolos, como fez o apóstolo Paulo em Éfeso e Filipos. Que nós possamos fazer o mesmo hoje, seja na nossa rua, escola, trabalho e nos campos pelo mundo.

Além da fonte de autoridade, os textos da “Grande Comissão” nos falam também sobre a fonte de capacitação para a tarefa missionária da Igreja. Essa fonte de capacitação é o Espírito Santo, como vemos destacado em Atos 1.8: “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra.”

Com a descida do Espírito Santo, os discípulos foram capacitados com o seu poder para darem testemunho ousado da morte e da ressurreição de Cristo. Homens tímidos e de pequena fé, agora capacitados pelo Espírito Santo, tinham grande coragem para falar das maravilhas de Deus, estando dispostos a sofrer e a morrer por causa de Cristo. No primeiro sermão do apóstolo Pedro, após estar cheio do Espírito Santo, cerca de três mil pessoas foram tocadas por Deus e se converteram ao Evangelho. Em todo o livro de Atos, vemos a ação do Espírito Santo salvando, chamando e capacitando a igreja para a obra missionária. Aliás, o livro de Atos poderia muito bem se chamar “Atos do Espírito Santo por intermédio dos apóstolos”. Esse mesmo Espírito está conosco hoje, para nos capacitar em nosso testemunho de Cristo no mundo.

Já vimos até aqui que os textos da “Grande Comissão” destacam a autoridade de Cristo e a capacitação do Espírito Santo para a tarefa missionária da Igreja. Agora veremos que eles também destacam a esfera de atuação da Igreja na tarefa missionária. A esfera de atuação é todo o mundo, todas as nações, todas as pessoas, como vemos em Mateus 28.19, Marcos 16.16 e Atos 1.8. O campo da Igreja, ou seja, sua esfera de atuação é o mundo porque a ordem de Jesus tem um escopo universal. Partindo de Jerusalém, os discípulos deveriam sair “até os confins da terra”.

Desde o Antigo Testamento, o propósito redentor de Deus visa às nações da terra. Falando a Abraão, Deus disse: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Jesus nos mandou pregar a toda criatura, a todas as nações, em todo o mundo, ao mesmo tempo. Uma igreja local tem que ter uma visão global da sua esfera de atuação. Ela trabalha efetivamente para evangelizar e discipular sua comunidade, mas também ora, investe e envia missionários pelo mundo em obediência ao “Ide de Jesus”. A sua igreja tem compreendido que o mundo todo é o campo da sua esfera de atuação?

Além da autoridade de Cristo, da capacitação do Espírito Santo e da esfera de atuação da Igreja em sua tarefa missionária, os textos da “Grande Comissão” também enfatizam qual é a mensagem que a Igreja deve proclamar: A mensagem é a Palavra de Cristo ou todas as coisas que ele ordenou (Mateus); o Evangelho (Marcos); o arrependimento de pecados (Lucas). A Igreja tem uma mensagem de Cristo para anunciar ao mundo e não pode alterá-la a fim de torná-la mais aceitável, tem que proclamá-la na sua totalidade por amor a Cristo e ao nosso próximo.

A mensagem da Igreja ao mundo não é uma ideologia, uma filosofia, uma religião, um código de regras, não são cinco passos para a felicidade ou riqueza; a mensagem que a Igreja recebeu de Cristo para proclamar é a Palavra de Deus, é o Evangelho que fala primeiramente da graça de Deus em Cristo para salvar o pecador. O Evangelho proclama a graça de Deus em Cristo, desafia o pecador ao arrependimento e fé, a fim de que este se entregue a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, o sirva na comunhão da Igreja e como discípulo dele no mundo.

Os textos da “Grande Comissão”, por último, destacam as atividades da Igreja no cumprimento da sua tarefa missionária, ou seja; o que ela deve fazer? As ações são: Ir e pregar (Marcos); discipular por meio do ir, ensinar e batizar (Mateus); pregar e testemunhar (Lucas). A primeira atividade é ir. O ir envolve viver no mundo como discípulo e também o deslocamento geográfico, o sair a outros povos e nações. A igreja, enquanto vive no mundo, testemunha de Cristo e também envia parte dos seus membros para serem testemunhas de Jesus além das suas fronteiras geográficas, culturais e étnicas.

O objetivo do ir é fazer discípulos de Jesus por meio da pregação, do ensino e da comunhão da Igreja. A pregação do evangelho gera convertidos e os convertidos devem ser ensinados, a fim de que se tornem discípulos de Jesus, o sirvam na comunhão da Igreja, e como testemunhas de Jesus ao mundo. Por isso, a evangelização e o discipulado não devem estar desassociados da comunhão da Igreja e do serviço responsável, conforme a capacitação de Deus. Dessa forma, as atividades principais da Igreja devem ser: adoração (culto), evangelização (testemunho e proclamação), comunhão (vida comunitária), educação (ensino) e missão (serviço).

Os textos da “Grande Comissão” destacam a tarefa missionária dada por Jesus à sua Igreja, tarefa essa realizada no poder do Espírito Santo, em todo o mundo e que tem como mensagem principal a proclamação do Evangelho de Cristo, a fim de que discípulos sejam gerados para Cristo, em todos os povos da terra. É uma tarefa enorme e árdua, porém contamos com a presença de Jesus conosco para realizá-la: “E eis que estou com vocês todos os dias até à minha segunda vinda.”

Que sejamos fiéis na realização dessa missão dada por Jesus a nós, para sua glória, louvor e salvação dos pecadores da terra! Você e sua igreja têm se engajado nessa missão? Espero que sua resposta seja uma dupla afirmação.

Rev. Paulo Serafim

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