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Não julgue um missionário pelo que ele tem

19/02/2024

Muitas vezes avaliamos e julgamos as pessoas pelas coisas que elas têm. No entanto, essa forma de pensar pode nos levar a equívocos e preconceitos. Esse é especialmente o caso quando se trata de missionários, que são julgados por possuírem bens que podem não “parecer adequados” para quem se diz missionário.

Ainda persiste um pensamento que “missionário bom é missionário necessitado”, o que vive nas piores condições possíveis.

É muito comum ouvir “brincadeiras” do tipo “para ser missionário e ter um iPhone até eu queria ser um”. São tantas as situações, que muitos missionários vivem se escondendo, envergonhados por terem algo de marca, ou de grande valia.

É importante lembrar que o que alguém possui nem sempre é uma representação exata de sua situação financeira. Um missionário pode possuir um carro, um smartphone ou roupas de marca que, aos olhos de quem vê, não são compatíveis com a vida que as pessoas esperam de um missionário, mas isso não significa necessariamente que eles estejam usando dinheiro de ofertas ou gastando em luxos e confortos com dinheiro “alheio”.

Vale lembrar que ao servir à Igreja de Cristo e exercer sua vocação missionária, essas “regalias” podem ter sido dadas por amigos, familiares ou por outras fontes. A verdade é que existem muitas variáveis. Assim, julgar um missionário pelo que ele tem pode ser uma forma injusta de avaliar a sua dedicação e trabalho.

Já parou para pensar que em alguns casos, a casa ou o carro que possuem pode ser um bem necessário para o cumprimento da missão? Ou que ele já os possuía antes de ser missionário? Por exemplo, um carro 4×4 pode ser a única forma de transporte que suporte chegar aos locais de evangelização, ou é necessária uma camionete para comprar suprimentos para o exercício do projeto no campo. Uma casa grande pode ser necessária para acomodar uma equipe de missionários de passagem, ou as pessoas da comunidade para evangelização.

Então, em vez de julgar um missionário pelo que ele tem, devemos reconhecer que esses bens podem ter sido obtidos de maneira providencial por Deus.

Para não julgar um missionário injustamente, com base em suas posses, proponho três tópicos: em primeiro lugar, preste atenção no que ele faz e não no que ele possui. Verifique se ele é um irmão ou irmã piedoso(a) e se seu trabalho no campo é feito com esmero e esforço. O que a agência missionária tem para falar sobre ele(a)? Como é a dedicação desse missionário no campo? Ele (a) é um bom despenseiro de Deus?

Em segundo lugar, se você estiver incomodado com os bens do missionário, converse com ele sobre isso em vez nutrir e semear falas impróprias. Sei que muitos podem usar de má fé no exercício da missão de Deus, mas não peque contra um irmão julgando-o pelo que os seus olhos e seu coração pensam não ser adequado a um missionário.

Em terceiro lugar, conheça bem o projeto e o missionário antes de fazer qualquer parceria, para ter certeza de que o recurso será administrado por um bom mordomo do Senhor.

Invista no reino de Deus, mas invista com paz, crendo que o mesmo Deus que supre sua vida e família, e te concede sabedoria para administrar os recursos, também o fará no projeto missionário que você participará com suas ofertas.

Para concluir, julgar alguém com base em suas posses é uma forma superficial e injusta de avaliação. O valor do caráter de um missionário não deve ser medido por suas posses, mas sim por sua dedicação, trabalho árduo e impacto positivo na vida das pessoas, visando à glória de Deus.

A missão de levar a mensagem do evangelho ao mundo deve estar acima de qualquer julgamento humano baseado em posses materiais. A verdadeira riqueza de um missionário é sua intimidade e fidelidade àquele que por Ele e para Ele são todas as coisas.

Rev. Pedro Sete

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