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Lucas e Juliana

07/10/2025

Mongólia, outubro 2025

Agosto foi um mês de alívio e esperança. Mais uma vez, pessoas amadas do nosso coração vêm nos socorrendo e nos fortalecendo com bons conselhos, orações e com o amor do Pai. Nosso sonho continua sendo ver nômades sendo alcançados e alcançando outros, em um movimento que se espalhará por toda a janela 10/40. Mas, no dia a dia, viver em um lugar tão distante e isolado, até mesmo dentro da Mongólia, não tem sido fácil. Ainda assim, cremos que aquele que começou a boa obra há de concluí-la e que Ele está no comando desta jornada.

O verão nos deixa muito ocupados tanto com o negócio de turismo quanto com o ministério entre os nômades. É na alta temporada, quando os mongóis também desejam aproveitar e acabam não permanecendo muito nos empregos. Apesar dos desafios, essa época é também quando podemos abençoar mais famílias nômades, enviando turistas para gerar renda extra para eles. Dou graças a Deus, pois muitos desses turistas ouviram a mensagem do evangelho. Quero destacar uma mulher de Singapura que verdadeiramente se rendeu a Jesus após ouvir sobre a Bíblia estando com uma das famílias nômades da igreja, por meio de nossa guia Tsegii e de mim no caminho de volta para a cidade. Ela contou que seu irmão havia se convertido anos atrás, se tornou pastor, mas ela não entendia. Agora, em lágrimas, disse que finalmente começava a compreender. Não é maravilhoso? Além disso, nossos funcionários também têm ouvido falar de Jesus e estão sendo discipulados por nossa gerente, Chimee.

No trabalho com os nômades, este verão trouxe desafios e confesso que me senti um pouco desencorajado. Normalmente eles migram bastante nessa estação, mas este ano nossa família base (Shogii e Khishigee) perdeu a família que os ajudava no pastoreio dos animais e na produção de laticínios — sua principal fonte de renda. Essa mesma família, Ulanaa e Doca, com seus filhos, também eram membros queridos da igreja nômade e haviam sido batizados em abril. Eles compreendiam seu papel no avanço do evangelho, servindo com dedicação para que Shogii e Khishigee pudessem evangelizar e discipular. Mas, com duas filhas entrando na universidade, precisaram buscar salários maiores, venderam seus animais e mudaram-se para perto da capital. Soma-se a isso a seca mais severa dos últimos cem anos, que os obrigou a mudar-se com mais frequência e para lugares diferentes. O resultado foi que tivemos dificuldades em acompanhar todos como antes, alguns mais imaturos na fé se afastaram e um deles até recaiu no alcoolismo.

Por outro lado, também tivemos motivos para nos alegrar. Em nossa viagem ao povo Tuvan nas montanhas, foi uma grande bênção reencontrar nossa família base (Boró e Burma) firmes na fé e ver o irmão mais velho, Batsukh crescendo em Cristo.  Batsukh, que recebeu a Cristo em abril, foi liberto do alcoolismo e tem caminhado firme com o Senhor. Isso nos encheu de encorajamento.

Agora, essa semana, as famílias nômades retornaram para as regiões de inverno, quando a vida da igreja se torna mais estável e pudemos reunir quase todos para culto. Contamos com a presença do pastor Albert e sua esposa Arlene, pastor de nossa igreja enviadora em São Paulo e grandes amigos. Tivemos uma semana abençoada com eles, e no culto com os nomades nosso pequeno João de 11 anos confirmou sua fé publicamente e participou da ceia do Senhor pela primeira vez com muita alegria.

Peço oração:

• Pela irmã nômade Oyuka, idosa de 80 anos, com grave problema nos rins, mas que não pode ser operada por ser de alto risco.
• Por Chimguê nossa Gerente e muito amiga, o qual perdeu seu filho de 32 anos.
• Para que Deus nos dê uma estratégia que permita à nossa família base dedicar mais tempo à igreja.
• Por nós, que muitas vezes sentimos a solidão e a falta de amigos e familiares por perto.
• Pelo nosso negócio, para que o Senhor continue enviando clientes e funcionários de longo prazo, e que seja um espaço onde muitos conheçam a Deus.
• Pelo módulo de estudo teológico desta semana com líderes locais, em parceria com o pastor Sheika e missionários americanos.
• Por mim, Lucas: torci o joelho e há mais de 20 dias sinto dor e instabilidade. Vou fazer uma ressonância na capital.
• Pelo homeschooling, para que eu encontre forças e disciplina para cooperar mais com a Juliana, que tem sido a guia principal nesse processo e também precisa muito de nossas orações.
• Pelo Marvin e sua família, missionários que dirigem o negócio e são fundamentais para nossa permanência no país.
• Pelas 15 crianças que vêm diariamente ao parquinho que construímos em casa, muitas delas com histórias difíceis, para que possamos testemunhar de Jesus a elas e que creiam nele.

Deus tem sido fiel, e seguimos confiando n’Ele em cada passo dessa jornada.

Lucas e Juliana
[email protected]

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